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Como transformar 1.000 € em clientes: o plano de 30 dias no Google Ads

  • Foto do escritor: Rocket Fuel Ads
    Rocket Fuel Ads
  • 9 de out.
  • 6 min de leitura

Atualizado: há 2 dias

mulher a analisar gráficos e a fazer contas utilizando a calculadora


Porque este plano de 30 dias no Google Ads funciona para gestores


O marketing deve falar a língua do negócio: receita, margem e previsibilidade. Em vez de dispersar orçamento por dezenas de campanhas, o plano de 30 dias para Google Ads concentra-se num único produto/serviço com maior probabilidade de fechar no curto prazo. A medição é intencionalmente simples: ligações telefónicas, mensagens WhatsApp e formulários de contacto que chegam à agenda comercial, não “micro-eventos” que confundem. Ao fim de 30 dias, terá duas respostas objetivas: quanto custa gerar uma oportunidade que a equipa realmente atende e se faz sentido aumentar, manter ou cortar investimento.



Meta de vendas e ponto de equilíbrio


Antes de ligar qualquer anúncio, defina a meta em números de negócio. Parta do valor médio por venda e da taxa de fecho típica da sua equipa. Se uma venda média vale 1.500 € e fecha 20% das oportunidades, então cada oportunidade “vale” 300 € de receita esperada (1.500 € × 0,20).


Este é o teto mental para o seu CPA por oportunidade; na prática, vai querer uma folga confortável — por exemplo, 100 €–150 € — para preservar margem depois de custos e impostos.


Uma regra prática útil para começar é relacionar investimento diário ao seu ticket médio: investimento diário ≈ 1/20 do valor médio por venda. Com um ticket de 1.500 €, isso aponta para ~75 €/dia. Ajuste em função da sua capacidade de atendimento e do calendário comercial. Com 1.000 € no mês, pense em 33 € por dia e concentre em dias/horários em que alguém atende em menos de 5 minutos.



Pré-requisitos mínimos (sem complicação técnica)


Não precisa de um arsenal de ferramentas para começar — precisa de três básicos muito bem feitos:


  1. Primeiro, medição de contacto real (cliques em “Ligar”, submissões de formulário, mensagens WhatsApp) para que cada oportunidade seja visível e rastreável;

  2. Segundo, uma landing page que trate objeções de compra e peça o contacto sem rodeios;

  3. Terceiro, mensagens alinhadas à decisão, falando de prazos, garantias, prova social e estimativas de preço quando fizer sentido. Tudo o resto é “nice to have” para mais tarde.



Semana 1 — Alicerces e foco


Escolha um único serviço “herói” para testar. Evite a tentação de abrir o leque; a precisão paga-se com menor desperdício. Estruture uma campanha de pesquisa com dois ou três grupos de temas que representem intenções claras de compra — por exemplo, “serviço + cidade”, “problema + solução” e “alternativa a + concorrente” quando legalmente apropriado.


Escreva anúncios que enfrentam as três objeções mais comuns que o seu comercial ouve: preço, prazo e risco. Prometa apenas o que consegue cumprir e ofereça um próximo passo concreto: pedido de orçamento, diagnóstico rápido, sessão de 20 minutos.


Defina geografia e horários compatíveis com a sua operação. Se ninguém atende chamadas ao final do dia, não compre tráfego a essas horas. Melhor ter menos cliques e mais conversas do que o inverso. Nesta primeira semana, aceite pagar um pouco mais por oportunidade em troca de aprendizagem rápida sobre termos e mensagens que realmente movem a agulha.



Semana 2 — Página que converte e mensagens que vendem


A sua página de destino deve parecer uma proposta comercial condensada. Abra com um benefício claro (o resultado que o cliente procura), reforce com prova social (logos, testemunhos, números), explique como funciona (passos simples e prazos), traga preço ou estimativa quando possível e peça o contacto de forma evidente. Evite formulários longos; nome, email/telefone e uma pergunta de qualificação chegam para começar.


Em paralelo, alinhe o SLA de atendimento. O ouro está em responder em menos de cinco minutos, por telefone ou WhatsApp. Várias empresas “perdem” campanhas porque tratam leads como emails para “ver depois”. Se for preciso, ajuste horários de exibição de anúncios para coincidir com picos de disponibilidade da equipa. Cada minuto conta para transformar cliques em reuniões.



Semana 3 — Cortar desperdício e baixar custo por oportunidade


Com duas semanas de dados, chega a hora de fazer gestão como um operador. Analise os termos que geram contactos e, sobretudo, pergunte à equipa quais origens trazem conversas com potencial real. Corte o que não traz qualidade: pesquisas informativas, regiões sem resposta, dispositivos que só geram curiosos. Reforce o que fecha melhor, mesmo que o clique custe mais. Lembre-se: CPC não paga salários; conversas que viram propostas é que pagam.


Esta é também a semana para aparar arestas na página. Veja gravações de sessão, simplifique CTAs, coloque o botão de chamada onde o polegar alcança no telemóvel, acelere carregamento. Pequenas melhorias de conversão têm um efeito imediato no CPA por oportunidade, muitas vezes maior do que qualquer ajuste de lance.



Semana 4 — Escalar com proteção de margem


Escalar não é “aumentar tudo 50 %” — é proteger o que dá retorno e multiplicar com disciplina. Procure três sinais: CPA em linha com o alvo (idealmente abaixo), taxa de contacto estável (a equipa consegue atender sem atrasos) e consistentemente 2–3 termos/ângulos vencedores.


Com estes sinais, aumente orçamento de forma conservadora, entre 10 % e 20 %, observando impacto durante 72 horas. Se precisar de subir mais depressa, duplique a campanha vencedora e distribua investimento, mantendo a mesma lógica de termos e mensagens.


A partir daqui, a governação é simples: mantenha investimento nos vencedores, podando áreas com desempenho medíocre. Não tenha receio de desligar o “quase bom”: rouba orçamento de onde o lucro acontece.



Métricas de decisão para a Direção


O seu “painel do CEO” cabe em meia página. São 3 métricas principais e 3 auxiliares. Com isto decide aumentar, manter ou cortar investimento sem falar “marketingês”.


1) CPA por Oportunidade (Custo por Oportunidade)


O que é: quanto custa pôr um comercial a falar com um potencial cliente (lead que virou contacto real: chamada atendida, WhatsApp respondido, reunião marcada).Fórmula: CPA = Investimento / # de Oportunidades (contactadas em 24h)


Como definir o teto (alvo):

  1. Valor médio por venda (ex.: 1.500 €)

  2. Taxa de fecho da equipa (ex.: 20 %)

  3. Receita esperada por oportunidade = 1.500 € × 0,20 = 300 €

  4. CPA-alvo = percentagem da receita esperada que aceita pagar para adquirir a oportunidade. Regra segura: 30–50 %.

    • Conservador (30%): 90 €

    • Moderado (40%): 120 €

    • Agressivo (50%): 150 €


Decisão: CPA abaixo do alvo → há margem para escalar. CPA acima → mexa primeiro na página/atendimento e corte desperdício.



2) Taxa de Contacto (Lead → Conversa)


O que é: a % de leads que viram conversas em 24 horas. Mede disciplina operacional. Fórmula: Taxa de Contacto = # de leads contactadas / # de leads recebidas (24h)

Referência:

  • Excelente: ≥ 80 %

  • Aceitável: 60–79 %

  • Problema: < 60 %


Decisão: Se a taxa cai, não escale; ajuste horários de anúncios, rotinas de resposta e canais (telefone/WhatsApp). CPA bom com contacto baixo engana a rentabilidade.



3) Taxa de Fecho (Conversa → Venda)


O que é: a % de oportunidades que se transformam em vendas. Fórmula: Taxa de Fecho = # vendas / # oportunidades


Referência: use o seu histórico. Se hoje fecha 20 %, qualquer mudança de canal/mensagem deve manter ou subir este número.


Decisão: Se o CPA está bom mas a taxa de fecho baixa, o problema é qualidade da oportunidade (mensagem/segmentação/página), não o orçamento.


Riscos comuns e como mitigar

Há três armadilhas recorrentes. A primeira é confundir tráfego com pipeline: muitos cliques e poucos telefonemas significam que a página não responde às dúvidas de compra ou o pedido de contacto está escondido. A correção é discursar menos sobre a empresa e mais sobre o resultado que o cliente precisa amanhã, com CTAs claros e imediatos.


A segunda é perseguir leads baratas e irrelevantes. Um formulário cheio de curiosos consome tempo comercial e destrói a moral da equipa. O remédio é reposicionar a mensagem, introduzir provas e estimativas de preço quando fizer sentido, e apertar os temas de pesquisa para intenções mais próximas de compra.


A terceira é ignorar a capacidade de atendimento quando chega a hora de escalar. O melhor criativo do mundo não compensa atrasos de 24 horas a responder. Ajuste horários de anúncios, crie rotinas de resposta e, se necessário, use encaminhamento de chamadas para garantir que alguém atende.



Checklist de 30 dias e próximo passo


Para fechar, deixe isto impresso na parede durante o mês:


— Defina CPA-alvo a partir do seu ticket e taxa de fecho.

— Concentre 1.000 € num serviço herói com intenção de compra clara.

— Garanta medição de contactos reais e resposta <5 minutos.

— Otimize página e mensagem antes de “mexer em lances”.

Corte desperdício na semana 3 e escale com disciplina na semana 4.

— Decida orçamento com base em CPA, taxa de contacto e fecho 

— nada mais.



Quer transformar este plano num diagnóstico de 20 minutos para a sua realidade (ticket, taxa de fecho, sazonalidade e capacidade de atendimento)? O passo seguinte é simples: alinhar metas, estimar o teto de investimento seguro e montar a primeira campanha vencedora com data para revisão. É assim que 1.000 € deixam de ser “custo de marketing” e passam a ser um investimento com retorno e controlo.


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